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Mostrando postagens de agosto, 2012

Reflexões e soluções para o atual cenário da Saúde brasileira

Estamos vivendo um momento economicamente favorável no Brasil, apesar da previsão de inflação alta para 2011 e do real valorizado: o PIB continua em crescimento, a taxa de desemprego está em níveis razoáveis, há a ascensão das classes C e D e, consequentemente, a venda de planos de saúde está em alta, entre outros fatores. Uma pesquisa recente, encomendada pelo Instituto de Saúde Suplementar e conduzida pelo Datafolha, revela que o desejo de ter em mãos uma carteirinha de plano de saúde é prioridade para brasileiros. A contratação de serviços de saúde é o desejo que fica atrás apenas da vontade de ter uma casa própria. Apesar de serem dados positivos, que direcionam para uma perspectiva de aumento na demanda, algumas reflexões inerentes ao segmento da Saúde se fazem necessárias. (1) Existe, hoje, uma forte consolidação de operadoras de planos de saúde formando empresas detentoras de grandes fatias de usuários, e, como consequência, com mais poder de negociação. (2) A grande ofer

O papel do gerenciamento da imagem em um serviço de saúde

Não são só as indústrias que precisam se preocupar em gerenciar a demanda de seus produtos: empresas de serviços também devem determinar estratégias de marketing, pois, ao contrário, se tornam mais frágeis e suscetíveis ao mercado e às ações da concorrência. Quem não “se vende” fica à mercê de “ser comprado”, sem nenhum controle sobre seu mix de serviços e, muitas vezes, se percebe tendo um grande volume de serviços menos rentáveis sendo realizados, em detrimento de buscar ampliar a realização daqueles que contribuem mais substancialmente para a obtenção de um resultado positivo.  Clínicas, laboratórios e hospitais são empresas de serviços e, como tal, também precisam selecionar seu público-alvo para que possam gerenciar a demanda por seus serviços. Selecionar o público-alvo requer analisar fatores como forma de acesso (clientes particulares, sistema público de saúde ou pacientes com convênios), perfil demográfico (sexo e idade) e outras tantas condições (por exemplo, como se d

O desafio de se comunicar com os pequenos

A geração do futuro já é a do presen­te. Crianças e adolescentes consomem feito adultos e quem é pai ou mãe sabe muito bem o quanto gastam e como gastam. Esses jovens consumidores são expostos a todo o tipo de publicidade e de informação. Cabe aos pais e educa­dores impor limites, explicar e orientar sobre o “bombardeio” de tudo o que, se for consumido em excesso, pode com­prometer o bolso e também a saúde. As entidades médicas já perceberam alguns abusos e estão travando batalhas para promover uma vida com mais qua­lidade. A questão do cigarro é uma das brigas mais antigas e toda a sociedade tem sido beneficiada com as restrições ao tabaco nos últimos anos. Conquistas que ainda são singelas, perto do preço que já se pagou. Afinal, quem não teve uma pessoa muito próxima que morreu em virtude das consequências de um longo período fumando?  Uma nova batalha no Congresso ain­da está em curso e pretende tornar todos os ambientes fechados livres de tabaco e proibir ao uso de aromati

Riscos e oportunidades no mercado de ações

Médicos investem na bolsa de valores como uma alternativa de expansão de patrimônio e para garantir a aposentadoria segura. Mas é preciso estar atento e preparado para assumir riscos. Em 2006, o neurocirurgião Francis­co Vaz aplicou dinheiro em ações bancárias com a expectativa de ge­rar um retorno financeiro satisfató­rio e em longo prazo. Dois anos depois, ele recebeu a notícia da falência do Leh­man Brothers, o quarto maior banco de crédito dos Estados Unidos. A queda das ações do banco na Bolsa de Nova Iorque anunciava a crise que marcou a economia mundial em 2008. Consequentemente, o médico teve prejuízos, mas não desa­nimou. Passou a estudar o movimento dos gráficos das ações e constatou que, enquanto um acionista perde dinheiro, o outro lucra com a situação. À primeira vista, a análise pode pa­recer contraditória àqueles que não têm familiaridade com o assunto, mas isso significa que, para uma boa atua­ção no mercado financeiro, é preciso saber perder pouco. “Na bolsa

Qual importância das sociedades na educação médica continuada?

O mercado de trabalho hoje é um dos mais competitivos da história. Atualizar-se, buscar novos conhecimentos e continuar os estudos são algumas das maneiras de se diferenciar. Na área médica, isso é muito importante, uma vez que uma informação a mais ou a menos pode ser decisiva para salvar uma vida. Um dos meios de estar sempre adquirindo novas informações e se reciclando é através da educação  continuada e, hoje, muitas sociedades de especialidades promovem programas com este objetivo. Quais são, afinal, os melhores caminhos para buscar atualizações? As sociedades podem investir mais no relacionamento com os associados? Qual a importância de o médico manter-se atualizado? Quais as opções para auxiliar o médico nesse crescimento profissional? Ouvimos os mais variados especialistas para que eles deem o seu parecer. Ortopedia Alexandre Fogaça Presidente do Comitê de Educação Continuada da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) “O foco da atenção médica