Até poucos anos atrás, o departamento de tecnologia da informação nas instituições de Saúde era acionado apenas quando havia pane nos sistemas, sendo visto como um mero centro de custos. Gustavo Pereira, líder de healthcare na everis Brasil, defende que apesar de ainda concentrar atividades de suporte ao usuário dentre sua oferta mais básica, a TI começa a migrar do trabalho puramente técnico para ser vista, finalmente, como parte da estratégia do negócio.
“Por ser um segmento crítico, o setor de Saúde precisa que o ambiente de tecnologia seja plenamente capaz de dar todo o suporte necessário para a qualidade no atendimento ao paciente, garantindo processos otimizados, seguros e confiáveis”, diz Pereira. Ao mesmo tempo, precisa de agilidade em situações que demandam ações mais rápidas, em busca de inovações que irão gerar oportunidades ou melhorias nos negócios. “Isso quer dizer que a TI precisa ser bimodal”, explica.
O executivo ressalta que essa necessidade de mudança de cultura se dá principalmente por conta da transformação digital, que faz com que a tecnologia seja vista como essencial para os negócios. No entanto, para gerar, de fato, valor à operação, os dois lados da TI bimodal precisam trabalhar de forma integrada.
“As áreas devem estar alinhadas e se dedicar a uma infraestrutura robusta e de interoperabilidade dos sistemas”, afirma Pereira. Para ele, desde o software de gestão hospitalar até os equipamentos de imagem e diagnóstico devem ser preparados para adotar tecnologias como analytics e big data, sistemas cognitivos e IoT, que oferecem insights que contribuem para o aumento da segurança do paciente e melhoria da tomada de decisão dos médicos. Isso porque com essas ferramentas é possível capturar, cruzar e interpretar informações em tempo real.
Entre as vantagens de usar a tecnologia na Saúde está a agilidade nos processos. De acordo com Pereira, hospitais, clínicas e laboratórios conseguem manter contato com seus pacientes de forma mais fácil, rápida e, principalmente, econômica. O executivo ressalta que é necessário repensar o modelo produtivo de TI no setor de Saúde. “A TI não só melhora a eficiência da área da Saúde, mas também ajuda no controle e a fluidez da informação”, diz. Segundo ele, a habilidade de saber usar esses avanços tecnológicos para melhorar o atendimento aos pacientes é um diferencial que traz retornos positivos. “É possível, por exemplo, investir em todo o fluxo preventivo, além de agilizar o diagnóstico e o tratamento”, finaliza.
Fonte: Everis
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