No Dia Mundial de Combate à Osteoporose o Helpsaúde visa expor esse tema explicando sobre a doença, seu diagnóstico e formas de prevenção.
Com o aumento da expectativa de vida o número de idosos vem aumentando em todas as regiões do Brasil e em decorrência disso o aumento da prevalência de osteoporose. Segundo dados do Ministério da Saúde a osteoporose já atinge cerca de 10 milhões de pessoas no país.
Mas o que é a Osteoporose?
As células que compõem o tecido ósseo estão em constante renovação, quando esse processo de remodelação óssea não ocorre de forma satisfatória os ossos tendem a ter sua massa diminuída, e a osteoporose é caracterizada justamente por essa desmineralização progressiva dos ossos que se tornam porosos e frágeis. Até os 35 anos de idade há equilíbrio entre os processos de destruição (reabsorção) e de formação óssea, após essa idade a perda óssea aumenta gradativamente como parte do processo natural de envelhecimento, e a partir dos 50 anos o risco da ocorrência de uma queda seguida de fratura é maior em função dessa fragilidade no esqueleto.
Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são altos, de acordo com o Ministério da Saúde o Sistema Único de Saúde gastou quase R$ 81 milhões com fraturas em idosos em 2009, e à medida que o idoso fratura um osso e necessita de hospitalização é frequentemente submetido a tratamento cirúrgico, o que também aumenta os custos para o SUS. A queda também pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida dos idosos, desencadeados pela imobilidade e dependência de familiares. O alto índice de mortalidade pós-cirurgia é alarmante, segundo dados do Ministério da Saúde somente em 2005 foram 1304 óbitos por fraturas de fêmur no Brasil e em 2009 esse número subiu para 1478.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco da doença estão a pós-menopausa, já que o processo de perda óssea intensifica-se neste período onde há uma queda do hormônio estrogênio, a idade avançada, história familiar, constituição física, etnia, baixa ingestão de cálcio, diabetes, falta de exposição à luz solar, sedentarismo, hábito de fumar, consumo excessivo de álcool e de café, uso de determinados medicamentos e doenças crônicas.
Diagnóstico
A Osteoporose é assintomática e, portanto, considerada uma doença silenciosa, muitas vezes diagnosticada somente após uma queda seguida de fratura e hospitalização. Atinge principalmente mulheres após a menopausa e idosos de ambos os sexos. Para fins de diagnóstico o exame mais difundido é a densitometria óssea, porém existem outros exames que podem diagnosticar a perda de massa óssea e neste caso um médico deverá ser consultado.
Prevenção
A osteoporose não é causada por uma deficiência de cálcio, mas sim por uma perda excessiva de cálcio, de maneira que deve haver um equilíbrio constante entre a ingestão e a perda deste nutriente durante a infância até a vida adulta, o que torna o acompanhamento nutricional fundamental como adjuvante na prevenção da osteoporose, pois uma dieta variada e equilibrada é capaz de garantir a ingestão diária recomendada deste nutriente. O leite desnatado e o iogurte light enriquecido com vitamina D são ótimas fontes de cálcio uma vez que apresentam baixo teor de gordura na composição. A ingestão adequada de outros nutrientes envolvidos no processo de absorção do cálcio, como vitamina D, fósforo, vitamina B6 e Magnésio, também é essencial para o processo de formação de massa óssea. A vitamina D, cuja síntese ocorre em resposta à exposição direta aos raios ultravioleta do sol em horários apropriados, regula os níveis de cálcio e fósforo no organismo promovendo a absorção do cálcio.
Alimentos como cogumelos, gema de ovo, salmão, sardinha, atum e fígado são boas fontes de vitamina D. A relação do cálcio com o fósforo também deve estar equilibrada já que a absorção do cálcio é influenciada pela presença de fósforo, tornando-se mais eficaz quando a quantidade de fósforo é cerca de metade da do cálcio. Requeijão, sardinha, fígado bovino, amendoim, amêndoa e castanha-do-pará são excelentes fontes de fósforo. Já a vitamina B6 que age juntamente com o magnésio para fixar o cálcio nos ossos também é muito importante para a formação e manutenção de ossos saudáveis.
A suplementação destes nutrientes é indicada somente quando as demandas encontram-se aumentadas e não é possível atingir a recomendação através da alimentação, sempre sob orientação de médico ou nutricionista.
Ingestão diária recomendada de cálcio, fósforo e vitamina D
*Fonte: Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D - Recommended Intakes for Individuals Elements. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies (2011).
**Fonte: Dietary Reference Intakes for Phosphorus: Recommended Intakes for Individuals Elements. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies (2004).
A Osteoporose é uma doença silenciosa, entretanto pode ser prevenida e uma vez diagnosticada deve ser tratada o quanto antes. É importante manter um estilo de vida saudável e ativo, estar sempre atento aos fatores de risco, buscar acompanhamento nutricional e adotar uma dieta equilibrada, evitando o consumo excessivo de álcool e refrigerantes, praticando atividade física regularmente, e realizando exames periódicos com acompanhamento médico para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Fonte: Renata Ribeiro. CRN: RJ 11100598
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Com o aumento da expectativa de vida o número de idosos vem aumentando em todas as regiões do Brasil e em decorrência disso o aumento da prevalência de osteoporose. Segundo dados do Ministério da Saúde a osteoporose já atinge cerca de 10 milhões de pessoas no país.
Mas o que é a Osteoporose?
As células que compõem o tecido ósseo estão em constante renovação, quando esse processo de remodelação óssea não ocorre de forma satisfatória os ossos tendem a ter sua massa diminuída, e a osteoporose é caracterizada justamente por essa desmineralização progressiva dos ossos que se tornam porosos e frágeis. Até os 35 anos de idade há equilíbrio entre os processos de destruição (reabsorção) e de formação óssea, após essa idade a perda óssea aumenta gradativamente como parte do processo natural de envelhecimento, e a partir dos 50 anos o risco da ocorrência de uma queda seguida de fratura é maior em função dessa fragilidade no esqueleto.
Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são altos, de acordo com o Ministério da Saúde o Sistema Único de Saúde gastou quase R$ 81 milhões com fraturas em idosos em 2009, e à medida que o idoso fratura um osso e necessita de hospitalização é frequentemente submetido a tratamento cirúrgico, o que também aumenta os custos para o SUS. A queda também pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida dos idosos, desencadeados pela imobilidade e dependência de familiares. O alto índice de mortalidade pós-cirurgia é alarmante, segundo dados do Ministério da Saúde somente em 2005 foram 1304 óbitos por fraturas de fêmur no Brasil e em 2009 esse número subiu para 1478.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco da doença estão a pós-menopausa, já que o processo de perda óssea intensifica-se neste período onde há uma queda do hormônio estrogênio, a idade avançada, história familiar, constituição física, etnia, baixa ingestão de cálcio, diabetes, falta de exposição à luz solar, sedentarismo, hábito de fumar, consumo excessivo de álcool e de café, uso de determinados medicamentos e doenças crônicas.
Diagnóstico
A Osteoporose é assintomática e, portanto, considerada uma doença silenciosa, muitas vezes diagnosticada somente após uma queda seguida de fratura e hospitalização. Atinge principalmente mulheres após a menopausa e idosos de ambos os sexos. Para fins de diagnóstico o exame mais difundido é a densitometria óssea, porém existem outros exames que podem diagnosticar a perda de massa óssea e neste caso um médico deverá ser consultado.
Prevenção
A osteoporose não é causada por uma deficiência de cálcio, mas sim por uma perda excessiva de cálcio, de maneira que deve haver um equilíbrio constante entre a ingestão e a perda deste nutriente durante a infância até a vida adulta, o que torna o acompanhamento nutricional fundamental como adjuvante na prevenção da osteoporose, pois uma dieta variada e equilibrada é capaz de garantir a ingestão diária recomendada deste nutriente. O leite desnatado e o iogurte light enriquecido com vitamina D são ótimas fontes de cálcio uma vez que apresentam baixo teor de gordura na composição. A ingestão adequada de outros nutrientes envolvidos no processo de absorção do cálcio, como vitamina D, fósforo, vitamina B6 e Magnésio, também é essencial para o processo de formação de massa óssea. A vitamina D, cuja síntese ocorre em resposta à exposição direta aos raios ultravioleta do sol em horários apropriados, regula os níveis de cálcio e fósforo no organismo promovendo a absorção do cálcio.
Alimentos como cogumelos, gema de ovo, salmão, sardinha, atum e fígado são boas fontes de vitamina D. A relação do cálcio com o fósforo também deve estar equilibrada já que a absorção do cálcio é influenciada pela presença de fósforo, tornando-se mais eficaz quando a quantidade de fósforo é cerca de metade da do cálcio. Requeijão, sardinha, fígado bovino, amendoim, amêndoa e castanha-do-pará são excelentes fontes de fósforo. Já a vitamina B6 que age juntamente com o magnésio para fixar o cálcio nos ossos também é muito importante para a formação e manutenção de ossos saudáveis.
A suplementação destes nutrientes é indicada somente quando as demandas encontram-se aumentadas e não é possível atingir a recomendação através da alimentação, sempre sob orientação de médico ou nutricionista.
Ingestão diária recomendada de cálcio, fósforo e vitamina D
*Fonte: Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D - Recommended Intakes for Individuals Elements. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies (2011).
**Fonte: Dietary Reference Intakes for Phosphorus: Recommended Intakes for Individuals Elements. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies (2004).
A Osteoporose é uma doença silenciosa, entretanto pode ser prevenida e uma vez diagnosticada deve ser tratada o quanto antes. É importante manter um estilo de vida saudável e ativo, estar sempre atento aos fatores de risco, buscar acompanhamento nutricional e adotar uma dieta equilibrada, evitando o consumo excessivo de álcool e refrigerantes, praticando atividade física regularmente, e realizando exames periódicos com acompanhamento médico para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Fonte: Renata Ribeiro. CRN: RJ 11100598
Nutricionista cadastrada no Help Saúde.
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