A fratura por estresse surge como uma lesão por excesso de esforço. Então, ela pode ocorrer quando um músculo sobrecarregado se torna incapaz de absorver os impactos.
Desta forma, acaba transferindo para o osso uma parte dessa sobrecarga, o que pode levar à ocorrência de microfraturas. Estas são tão pequenas que nem chegam a ser visualizadas em uma radiografia comum.
No entanto, se essa sobrecarga continuar ocorrendo, as diversas microfraturas podem se somar e evoluir até que surja a fratura do osso.
O aumento excessivo na carga ou na intensidade do exercício ou até mesmo uma mudança nas condições do treino, como a mudança de piso ou do tênis inadequado, por exemplo, podem favorecer o surgimento das fraturas por estresse.
Trata-se de uma das lesões mais comuns entre os praticantes de esporte.
As fraturas por estresse costumam ocorrer com mais freqüência nas pernas e pés. Sendo assim, mais da metade dos casos ocorrem na parte inferior das pernas. Os praticantes de esportes intensos, tais como corrida, tênis, ginástica e basquete são os mais propensos a sofrerem uma fratura por estresse. Isto se dá porque nessas atividades, o atleta faz um esforço repetitivo com os pés, que sofrem constantes impactos com o chão. Se não houver intervalos entre as atividades para que os músculos se recuperem, aumentam os riscos de uma ocorrer uma fratura por estresse.
As fraturas por estresse afetam homens e mulheres em qualquer idade. Porém as mulheres costumam ser as mais afetadas. A amenorréia (falha menstrual) por excesso de exercícios e a eventual osteoporose, por falhas alimentares são tidas como as principais razões para o maior risco de fraturas por estresse em mulheres.
O principal sintoma da fratura por estresse é a dor localizada, que desaparece com repouso e descanso, e retornando com a prática da atividade. Ao consultar o médico, ele poderá solicitar exames de imagem, em especial a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, já que as microfaturas nem sempre são visíveis na radiografia.
O tratamento consiste no descanso, interrompendo a prática da atividade que gerou a lesão. Outras atividades físicas que não tenham o mesmo impacto podem ser praticadas até a cura completa da lesão. Se insistir na prática da atividade e não respeitar o período de repouso e descanso, corre o risco de aumentar a gravidade da lesão, fazendo com que ela possa evoluir para uma fratura crônica.
Estratégias para prevenir as fraturas por estresse
Algumas medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência de lesões causadas por fraturas por estresse.
1. Ao iniciar uma nova atividade física ou prática esportiva, o ideal é a evolução seja feita de forma gradual, começando com uma intensidade baixa, e aumentando a carga ou freqüência dos treinos aos poucos.
2. Alternar atividades físicas é importante, ajuda a evitar a sobrecarga nos grupos musculares.
3. Ao invés de fazer o mesmo treino de corrida todos os dias, procure intercalar treinos de bicicleta ou musculação, por exemplo, com os dias de corrida.
4. O cuidado com a alimentação é fundamental, procure consumir a quantidade correta de vitaminas e proteínas, em especial alimentos que tenham cálcio e vitamina D.
5. Use sempre o equipamento adequado. Na prática de corrida, por exemplo, procure saber o seu tipo de pisada e use o tênis específico para a sua pisada, e como amortecimento adequado.
6. Tênis também tem tempo de vida útil, se estiver muito velho ou desgastado pode causar lesões.
Ao sentir dor, interrompa a prática da atividade e procure um médico, mesmo que a dor pare com o descanso. É importante que a fratura por estresse seja descoberta logo no início, antes que possa evoluir para a ruptura do osso.
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Fonte: Editoria HelpSaúde.
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