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Dia Nacional do Parkisoniano

O que o ator Michael J. Fox e o pugilista Mohammed Ali têm em comum?
E o Papa João Paulo II, o que tinha em comum com a atriz Katherine Hepburn?
Aparentemente nada. Porém essas celebridades são e eram portadores da Doença de Parkinson, chamados Parkinsonianos.

No Brasil, o Dia Nacional do Parkinsoniano é celebrado em 04 de abril pelo calendário do Ministério da Saúde e a Associação Brasil Parkinson (ABP) promove o Dia Mundial da Doença de Parkinson em 11 de abril - em homenagem ao médico inglês James Parkinson que nasceu em Londres, em 11 de abril de 1775.

A DESCOBERTA DA DOENÇA

Antes de ser médico, James Parkinson era um humanista e viveu em pleno movimento iluminista, que se preocupava com o estudo da sociedade e da natureza.

Esse homem, dotado então de múltiplas ocupações e espírito inquieto, em 1817, aos 62 anos de idade, publicou o ensaio (Essay on Shaking Palsy) que descreveu de maneira bastante precisa e quase irretocável a doença que hoje leva o seu nome. Foram descritos os casos de seis pacientes, todos do sexo masculino, com idades entre 50 e 72 anos. Parkinson citou a presença de tremor involuntário, o arqueamento do tronco para frente e a alteração da marcha, entre outras características.

Mas foi somente por volta de 1875 que o brilhante neurologista francês Jean Martin Charcot (considerado o “pai da neurologia”) sugeriu o nome de “doença de Parkinson”, reconhecendo o mérito daquele que tão bem havia descrito a doença. Charcot também contribui de maneira memorável para melhor definição e conhecimento da doença.

O QUE É A DOENÇA DE PARKINSON?

O mal de Parkinson é uma doença neurológica que deve ser tratada para combater os sintomas e retardar seu progresso, que atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos. A enfermidade não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano e não é uma doença fatal, nem contagiosa.

A doença de Parkinson possui um processo lento, regular e sem rápidas mudanças, se comparada a outras doenças.

Os principais sintomas causados pela doença são:

-tremores;
-rigidez muscular;
-lentidão dos movimentos;
-alterações na fala e na escrita, e
-instabilidade postural.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por exclusão. Os especialistas recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, entre outros. Esses exames servem para ter a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença é feito baseada na história clínica do doente e nos exames neurológicos.

Não existe ainda nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção. E até os dias atuais as causas e a cura para a doença permanecem desconhecidas.

Quando mais cedo for feito o diagnóstico, melhores as chances de retardar o progresso da doença.

TRATAMENTO

Para combater os sintomas da doença de Parkinson são usados remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. A fonoaudiologia também é importante para quem tem problemas com a fala e a voz.

Na última década houve uma grande evolução das técnicas neurocirúrgicas e uma melhor compreensão dos mecanismos da doença. Isso que possibilita melhor qualidade de vida para o portador do mal de Parkinson.

Objetiva-se nesta data chamar a atenção da população para o diagnóstico precoce, incentivar os portadores a não desistir das suas atividades cotidianas.

CADA CASO É ESPECÍFICO

Cada caso deve ser tratado e analisado de forma particular, pois outra causa comum do Parkinsonismo é o efeito colateral de medicamentos usados para controlar os sintomas.

Cerca de 90% das pessoas com Parkinson sofrem também com algum outro transtorno psiquiátrico, independente de serem causa, consequência ou coincidentes, os distúrbios cognitivos, transtornos de humor e transtornos de ansiedade frequentes causam grandes prejuízos na qualidade de vida dos pacientes. O transtorno mais comum é a depressão, identificada em 32% dos casos, e responsável por agravar os problemas motores, de sono, alimentares e de dores.

Casos genéticos ou secundários a outras doenças ou exposição a substâncias, e mesmo os chamados parkinsonismos atípicos podem existir, acometendo pessoas de todas as idades e sexos, mas com prevalência maior em pessoas acima de 60 anos de idade.

Entretanto é importante ressaltar que alguns medicamentos antidepressivos podem agravar os sintomas da doença. Portanto é essencial o acompanhamento médico ao ministrar medicamentos os parkinsonianos.

QUALIDADE DE VIDA

Todos os esforços dos pesquisadores, neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos são no sentido de melhorar a qualidade de vida dos Parkisonianos. Para isso, o auxílio dos familiares é vital.

Os sites abaixo podem esclarecer dúvidas e revelar novos medicamentos, cirurgias e avanços:

Associação Brasil Parkinson: www.parkinson.org.br
The Michael J. Fox Foundation: www.michaeljfox.org
Grupo de Ajuda Mútua em Parkinson: www.amigogamp.org.br




Fonte: Editoria HelpSaúde.

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