Até a primeira metade deste século não havia tratamento efetivo para doenças mentais graves. A psicanálise, agora já com mais de cem anos de existência, iniciou seu percurso tratando distúrbios psíquicos em pacientes inseridos na sociedade. Pacientes que apresentavam quadro psicótico no início da idade adulta iam terminar seus dias em hospitais psiquiátricos.
Convém relembrar que os primeiros manicômios teriam sido construídos em países árabes (Iraque, Síria e Egito), entre o oitavo e o décimo-terceiro séculos. Posteriormente o modelo foi adotado na Europa. Esse tipo de assistência foi a maneira encontrada pela sociedade, quando não dispunha de recursos terapêuticos, a fim de abrigar e isolar doentes mentais graves. Surpreendentemente esta conduta de atendimento estava sendo adotada até há pouco tempo atrás.
O longo período de internação representava uma ruptura importante entre o doente e a família/comunidade, causando desorganização da família e problemas socioeconômicos.
Equipes multidisciplinares, constituídas de psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, dentre outros, passaram a desempenhar importante papel no tratamento de pessoas, com todo tipo de mal-estar psíquico, em seu próprio ambiente, integrado á família, ao seu trabalho e á sociedade, demonstrando que qualquer pessoa está sujeita á períodos psiquicamente mais conturbados e de diferentes níveis, combatendo assim, o preconceito na sociedade, evitando a desintegração familiar, tratando o paciente de modo mais eficiente, racional e humano.
Assim os medicamentos e as técnicas psicoterápicas evoluíram de formas diferentes. Os psicofármacos (medicação utilizada para o alívio de mal-estar psíquico) produzem efeitos mais rápidos no paciente, se comparados á psicoterapia, porém não curam o indivíduo, mas sim aliviam seu sofrimento. Como exemplo, cito que a aspirina pode baixar a febre sem curar a infecção que a origina, assim, a maioria dos medicamentos psicoativos atuam controlando os sintomas.
A psicoterapia por sua vez, possui efeito mais profundo, porém em longo prazo, tratando não somente sua sintomatologia, prevenindo o reaparecimento, produzindo a compreensão e a reflexão sobre a situação.
Contudo é um acompanhamento sem prazo determinado para encerrar-se. Caso o paciente necessite medicação no auxílio do alívio de seus sintomas, um trabalho conjunto entre psicólogo e psiquiatra deve ser empreendido, pois tais áreas complementam-se e não divergem, como algumas pessoas ainda supõem.
A orientação sobre a melhor direção a ser tomada cabe ao profissional, pois cada sujeito possui características próprias, sintomas particulares e desejos singulares, não permitindo que o preconceito impeça a busca de uma qualidade de vida superior para si bem como com o grupo que o cerca.
Fonte: Dra. Roberta Bolla , CRP: RS07/08722, é Psicóloga cadastrada no HelpSaúde. Precisando de um psicólogo busque um perto de você em nosso site.
Quer fazer parte do nosso blog? Envie um artigo para artigos@helpsaude.com.
Convém relembrar que os primeiros manicômios teriam sido construídos em países árabes (Iraque, Síria e Egito), entre o oitavo e o décimo-terceiro séculos. Posteriormente o modelo foi adotado na Europa. Esse tipo de assistência foi a maneira encontrada pela sociedade, quando não dispunha de recursos terapêuticos, a fim de abrigar e isolar doentes mentais graves. Surpreendentemente esta conduta de atendimento estava sendo adotada até há pouco tempo atrás.
O longo período de internação representava uma ruptura importante entre o doente e a família/comunidade, causando desorganização da família e problemas socioeconômicos.
Equipes multidisciplinares, constituídas de psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, dentre outros, passaram a desempenhar importante papel no tratamento de pessoas, com todo tipo de mal-estar psíquico, em seu próprio ambiente, integrado á família, ao seu trabalho e á sociedade, demonstrando que qualquer pessoa está sujeita á períodos psiquicamente mais conturbados e de diferentes níveis, combatendo assim, o preconceito na sociedade, evitando a desintegração familiar, tratando o paciente de modo mais eficiente, racional e humano.
Assim os medicamentos e as técnicas psicoterápicas evoluíram de formas diferentes. Os psicofármacos (medicação utilizada para o alívio de mal-estar psíquico) produzem efeitos mais rápidos no paciente, se comparados á psicoterapia, porém não curam o indivíduo, mas sim aliviam seu sofrimento. Como exemplo, cito que a aspirina pode baixar a febre sem curar a infecção que a origina, assim, a maioria dos medicamentos psicoativos atuam controlando os sintomas.
A psicoterapia por sua vez, possui efeito mais profundo, porém em longo prazo, tratando não somente sua sintomatologia, prevenindo o reaparecimento, produzindo a compreensão e a reflexão sobre a situação.
Contudo é um acompanhamento sem prazo determinado para encerrar-se. Caso o paciente necessite medicação no auxílio do alívio de seus sintomas, um trabalho conjunto entre psicólogo e psiquiatra deve ser empreendido, pois tais áreas complementam-se e não divergem, como algumas pessoas ainda supõem.
A orientação sobre a melhor direção a ser tomada cabe ao profissional, pois cada sujeito possui características próprias, sintomas particulares e desejos singulares, não permitindo que o preconceito impeça a busca de uma qualidade de vida superior para si bem como com o grupo que o cerca.
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