ORIGEM DA DATA
A Presidência da República sancionou a Lei nº 12.226, em 21 de julho de 2010, que institui o Dia Nacional do Sistema Braille, quando se recomenda às entidades públicas e privadas a realização de eventos destinados ao debate sobre o sistema Braile.
O propósito da Lei é fortalecer o debate social sobre dos direitos da pessoa com deficiência visual e a sua plena integração na sociedade, bem como difundir informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias.
A MEMÓRIA DE LOUIS BRAILLE
Nascido em 4 de Janeiro de 1809, numa pequena aldeia Francesa chamada Coupvray, Louis Braille tornou-se cego aos três anos de idade, em consequência de um acidente que ocorreu quando brincava na oficina de seu pai.
Aos 10 anos de idade ingressou na Escola de Cegos Valentin Hauy e se destacou pela sua inteligência. Dedicando-se a aprendizagem de órgão, tornando-se organista de profissão.
Assumiu a direção da Escola de Cegos que o acolheu aonde veio a lecionar, tendo também iniciado muitos jovens cegos na música.
Faleceu em 1852, vítima de tuberculose, tendo dedicado toda a sua vida à defesa dos direitos dos cegos.
O SURGIMENTO DO MÉTODO BRAILLE
Em 1829, Louis Braille sentiu a necessidade de ter acesso à cultura escrita. Antes, em 1824, o Capitão Charles Barbier de la Serre havia criado um método denominado "Escrita Noturna", para que os militares pudessem ler ordens de batalha no escuro.
Braille teve acesso a esta forma de escrita no Instituto Real para Cegos aos 15 anos de idade e usou com base o "método Barbier" para criar um alfabeto para cegos, um sistema que traduz o alfabeto convencional para um formato que permite aos deficientes visuais ler e escrever através de caracteres em relevo, que possibilita a identificação dos sinais pelo tato, adotado pelo Instituto Real para Cegos em 1843.
O método desenvolvido por ele foi adotado oficialmente pela Europa e pela América no ano de sua morte, em 1852 e atualmente representa uma importante ferramenta na consolidação e garantia de acesso dos deficientes visuais ao direito fundamental à informação.
O MÉTODO BRAILLE NO BRASIL
Em 1854, o Sistema Braille chegou ao Brasil pelas mãos de Álvares de Azevedo (escritor brasileiro e poeta) com a criação em 12 de setembro do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, pelo Imperador Dom Pedro II - hoje Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
COMO FUNCIONA O MÉTODO BRAILLE
É constituído por 63 sinais, organiza-se em uma estrutura de duas colunas com três linhas, resultando seis pontos, que recebem a numeração 1-2-3-4-5-6.
É lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais em relevo. Normalmente usa-se a mão direita, com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor; enquanto a mão esquerda procura o início da outra linha.
Braille pode ser produzido usando uma lousa e caneta na qual cada ponto é criado a partir do verso da página, escrita em imagem de espelho, a mão, ou pode ser produzido em uma máquina de escrever Braille ou produzidos por uma impressora Braille ligados a um computador.
A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos Braille. As dez primeiras letras do alfabeto são formadas pelas diversas combinações possíveis dos quatro pontos superiores (1-2-4-5); as dez letras seguintes são as combinações das dez primeiras letras, acrescidas do ponto 3, e formam a 2ª linha de sinais. A terceira linha é formada pelo acréscimo dos pontos 3 e 6 às combinações da 1ª linha.
Os símbolos da 1ª linha são as dez primeiras letras do alfabeto romano (a-j). Esses mesmos sinais, na mesma ordem, assumem características de valores numéricos 1-0, quando precedidas do sinal do número, formado pelos pontos 3-4-5-6 .
Vinte e seis sinais são utilizados para o alfabeto, dez para os sinais de pontuação de uso internacional, correspondendo aos 10 sinais de 1ª linha, localizados na parte inferior da cela Braille: pontos 2-3-5-6. Os vinte e seis sinais restantes são destinados às necessidades especiais de cada língua (letras acentuadas, por exemplo) e para abreviaturas.
Doze anos após a invenção desse sistema, Louis Braille acrescentou a letra "W" ao 10° sinal da 4ª linha para atender às necessidades da língua inglesa.
ALFABETO BRAILLE
A Lei nº 12.226 também reza que facilitem a inserção da pessoa cega no mercado de trabalho, difundam orientações sobre a prevenção da cegueira, difundam informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias; incentivem a produção de textos em Braille; e promovam a capacitação de profissionais para atuarem na educação, habilitação e reabilitação da pessoa cega, bem como na editoração de textos em Braille.
Fonte: Editoria HelpSaúde.
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A Presidência da República sancionou a Lei nº 12.226, em 21 de julho de 2010, que institui o Dia Nacional do Sistema Braille, quando se recomenda às entidades públicas e privadas a realização de eventos destinados ao debate sobre o sistema Braile.
O propósito da Lei é fortalecer o debate social sobre dos direitos da pessoa com deficiência visual e a sua plena integração na sociedade, bem como difundir informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias.
A MEMÓRIA DE LOUIS BRAILLE
Nascido em 4 de Janeiro de 1809, numa pequena aldeia Francesa chamada Coupvray, Louis Braille tornou-se cego aos três anos de idade, em consequência de um acidente que ocorreu quando brincava na oficina de seu pai.
Aos 10 anos de idade ingressou na Escola de Cegos Valentin Hauy e se destacou pela sua inteligência. Dedicando-se a aprendizagem de órgão, tornando-se organista de profissão.
Assumiu a direção da Escola de Cegos que o acolheu aonde veio a lecionar, tendo também iniciado muitos jovens cegos na música.
Faleceu em 1852, vítima de tuberculose, tendo dedicado toda a sua vida à defesa dos direitos dos cegos.
O SURGIMENTO DO MÉTODO BRAILLE
Em 1829, Louis Braille sentiu a necessidade de ter acesso à cultura escrita. Antes, em 1824, o Capitão Charles Barbier de la Serre havia criado um método denominado "Escrita Noturna", para que os militares pudessem ler ordens de batalha no escuro.
Braille teve acesso a esta forma de escrita no Instituto Real para Cegos aos 15 anos de idade e usou com base o "método Barbier" para criar um alfabeto para cegos, um sistema que traduz o alfabeto convencional para um formato que permite aos deficientes visuais ler e escrever através de caracteres em relevo, que possibilita a identificação dos sinais pelo tato, adotado pelo Instituto Real para Cegos em 1843.
O método desenvolvido por ele foi adotado oficialmente pela Europa e pela América no ano de sua morte, em 1852 e atualmente representa uma importante ferramenta na consolidação e garantia de acesso dos deficientes visuais ao direito fundamental à informação.
O MÉTODO BRAILLE NO BRASIL
Em 1854, o Sistema Braille chegou ao Brasil pelas mãos de Álvares de Azevedo (escritor brasileiro e poeta) com a criação em 12 de setembro do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, pelo Imperador Dom Pedro II - hoje Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
COMO FUNCIONA O MÉTODO BRAILLE
É constituído por 63 sinais, organiza-se em uma estrutura de duas colunas com três linhas, resultando seis pontos, que recebem a numeração 1-2-3-4-5-6.
É lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais em relevo. Normalmente usa-se a mão direita, com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor; enquanto a mão esquerda procura o início da outra linha.
Braille pode ser produzido usando uma lousa e caneta na qual cada ponto é criado a partir do verso da página, escrita em imagem de espelho, a mão, ou pode ser produzido em uma máquina de escrever Braille ou produzidos por uma impressora Braille ligados a um computador.
A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos Braille. As dez primeiras letras do alfabeto são formadas pelas diversas combinações possíveis dos quatro pontos superiores (1-2-4-5); as dez letras seguintes são as combinações das dez primeiras letras, acrescidas do ponto 3, e formam a 2ª linha de sinais. A terceira linha é formada pelo acréscimo dos pontos 3 e 6 às combinações da 1ª linha.
Os símbolos da 1ª linha são as dez primeiras letras do alfabeto romano (a-j). Esses mesmos sinais, na mesma ordem, assumem características de valores numéricos 1-0, quando precedidas do sinal do número, formado pelos pontos 3-4-5-6 .
Vinte e seis sinais são utilizados para o alfabeto, dez para os sinais de pontuação de uso internacional, correspondendo aos 10 sinais de 1ª linha, localizados na parte inferior da cela Braille: pontos 2-3-5-6. Os vinte e seis sinais restantes são destinados às necessidades especiais de cada língua (letras acentuadas, por exemplo) e para abreviaturas.
Doze anos após a invenção desse sistema, Louis Braille acrescentou a letra "W" ao 10° sinal da 4ª linha para atender às necessidades da língua inglesa.
ALFABETO BRAILLE
Fonte: Editoria HelpSaúde.
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