Nos EUA, 14 milhões de cidadãos americanos evitam voluntariamente ao dentista, 45 milhões de cidadãos americanos se consideram nervosos ou ansiosos quando necessitam ir ao dentista cerca de 40% da população daquele país, não recebem cuidados odontológicos de rotina devido à apreensão como causa mais comum A dor e a ansiedade, fontes geradoras de estresse, desencadeiam uma série de respostas neuroendócrinas e cardiovasculares com o objetivo de preparar o organismo contra a agressão, em um tipo de resposta de “luta ou fuga”. Assim, ocorre aumento do catabolismo e bloqueio do anabolismo no intuito de se mobilizar todas as reservas metabólicas para a produção de energia, por meio da secreção de hormônios reguladores como as catecolaminas, responsável pelo aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, o glucagon, hormônio de crescimento, catecolaminas e corticosteróides, além de elevação da resistência periférica à insulina. Essas alterações levam à hiperglicemia e a aumento dos níveis de ácido lático e corpos cetônicos, com conseqüente acidose metabólica e outras alterações hidroeletrolíticas. No que diz respeito ao metabolismo protéico, o balanço nitrogenado negativo, decorrente do bloqueio do anabolismo, impossibilita a incorporação adequada de proteínas aos tecidos.
Esse balanço nitrogenado também causa uma diminuição da produção de anticorpos, predispondo ao desenvolvimento de infecções. Paralelamente a essas alterações neuroendócrinas, há, também, alterações hemodinâmicas decorrentes da secreção aumentada de aminas simpatomiméticas, no objetivo de preservar a circulação em órgãos nobres, como coração e cérebro, em detrimento dos outros órgãos. Dessa forma, ocorre aumento da resistência vascular periférica, com conseqüente aumento da pós-carga e maior trabalho cardíaco, levando a maior consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Demonstrou-se que crianças sob sedação e analgesia adequadas, durante e após procedimentos cirúrgicos, apresentaram diminuição de complicações pós-operatórias certamente decorrentes do bloqueio dessas reações fisiopatológicas, recuperando-se com maior rapidez.
Alguns autores relataram que o medo e a ansiedade estão muito relacionados, mas que não podem ter seus conceitos trocados. O medo faz parte do desenvolvimento infantil e da infância normal; em geral, é transitório, mas pode persistir por longos períodos, como pode acontecer com o medo ao tratamento odontológico. A ansiedade, por outro lado, é entendida como uma resposta a situações em que a fonte de ameaça ao indivíduo não está bem definida ou não está objetivamente presente. O medo e a ansiedade podem desenvolver manifestações físicas nos pacientes, influenciando a medida da pressão arterial e a sua leitura, ou ainda, causando taquicardia. O sentimento de medo, relacionado aos procedimentos odontológicos, exerce influência nos processos mentais desencadeando reações físicas mensuráveis. No momento do tratamento, a tensão muscular e a taquicardia são as manifestações físicas mais freqüentes do medo, fontes geradoras de estresse.
A resposta ao estresse pode se instalar não só por evento concreto, como também por mera antecipação e expectativa. As ameaças repetitivas podem exigir vigilância contínua. Em algum momento, essa vigilância pode se tornar super generalizada, levando o indivíduo a concluir que ele necessita se manter em constate “guarda”, mesmo na ausência de estresse. E assim, o indivíduo adentra no reino da ansiedade. O “Dental Health Adivisor, Spring” desenvolveu uma pesquisa nos EUA, em uma população composta de 1000 adultos de ambos os sexos, as quais receberam um questionário para que relatassem em ordem de intensidade, quais eram os seus medos mais comuns. O resultado gerou os seguintes dados: 27% das pessoas tinham medo de falar em público; 21% das pessoas tinham medo de dentista; 20% das pessoas tinham medo de altura; 12% das pessoas tinham medo de ratos, 9% das pessoas tenham medo de transporte aéreo, outros medos, e sem medo algum equivaleram a 11%. O medo do dentista, apareceu nesta pesquisa, surpreendentemente em segundo lugar, ou seja as pessoas têm mais medo do dentista, do que de ratos! No nosso entender, este resultado, corrobora os estudos de diversos autores, demonstrando que o controle da dor do medo e da ansiedade ainda não está sendo considerado como um componente do tratamento, o que aumenta substancialmente, o risco de intercorrências de emergências médicas, naqueles pacientes que se submetem ao tratamento. As emergências mais freqüentes causadas pela ansiedade, que podem se desencadear no consultório odontológico são: angina pectoris, infarto do miocárdio, bronco-espasmo asmático, insuficiência adrenal aguda, hipertensão grave, crise tireoideana, choque insulínico, lipotímia, choque cardiogênico, hiperventilação, e crise epilética: A ansiedade do paciente, provoca a liberação de catecolaminas na corrente circulatória. Essas substâncias promovem a diminuição da resistência vascular periférica e o aumento do fluxo sangüíneo de vários tecidos, e dos músculos esqueléticos periféricos. Nas situações em que a atividade muscular periférica não ocorre, como no caso do paciente na cadeira do dentista, o sangue acumulado nas extremidades não retorna para o coração, acarretando, assim, um decréscimo no volume de sangue circulante. Ocorre a queda da pressão arterial, diminuição do aporte de sangue no cérebro, e conseqüente diminuição da oxigenação, podendo gerar a perda súbita da consciência, a este quadro denomina-se lipotimia.
Fonte: Dr. Luiz Alberto Ferraz de Caldas, CFO: RJ-CD-7724 , é cirurgião-dentista cadastrado no HelpSaúde.
Quer fazer parte do nosso blog? Envie um artigo para artigos@helpsaude.com.
Esse balanço nitrogenado também causa uma diminuição da produção de anticorpos, predispondo ao desenvolvimento de infecções. Paralelamente a essas alterações neuroendócrinas, há, também, alterações hemodinâmicas decorrentes da secreção aumentada de aminas simpatomiméticas, no objetivo de preservar a circulação em órgãos nobres, como coração e cérebro, em detrimento dos outros órgãos. Dessa forma, ocorre aumento da resistência vascular periférica, com conseqüente aumento da pós-carga e maior trabalho cardíaco, levando a maior consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Demonstrou-se que crianças sob sedação e analgesia adequadas, durante e após procedimentos cirúrgicos, apresentaram diminuição de complicações pós-operatórias certamente decorrentes do bloqueio dessas reações fisiopatológicas, recuperando-se com maior rapidez.
Alguns autores relataram que o medo e a ansiedade estão muito relacionados, mas que não podem ter seus conceitos trocados. O medo faz parte do desenvolvimento infantil e da infância normal; em geral, é transitório, mas pode persistir por longos períodos, como pode acontecer com o medo ao tratamento odontológico. A ansiedade, por outro lado, é entendida como uma resposta a situações em que a fonte de ameaça ao indivíduo não está bem definida ou não está objetivamente presente. O medo e a ansiedade podem desenvolver manifestações físicas nos pacientes, influenciando a medida da pressão arterial e a sua leitura, ou ainda, causando taquicardia. O sentimento de medo, relacionado aos procedimentos odontológicos, exerce influência nos processos mentais desencadeando reações físicas mensuráveis. No momento do tratamento, a tensão muscular e a taquicardia são as manifestações físicas mais freqüentes do medo, fontes geradoras de estresse.
A resposta ao estresse pode se instalar não só por evento concreto, como também por mera antecipação e expectativa. As ameaças repetitivas podem exigir vigilância contínua. Em algum momento, essa vigilância pode se tornar super generalizada, levando o indivíduo a concluir que ele necessita se manter em constate “guarda”, mesmo na ausência de estresse. E assim, o indivíduo adentra no reino da ansiedade. O “Dental Health Adivisor, Spring” desenvolveu uma pesquisa nos EUA, em uma população composta de 1000 adultos de ambos os sexos, as quais receberam um questionário para que relatassem em ordem de intensidade, quais eram os seus medos mais comuns. O resultado gerou os seguintes dados: 27% das pessoas tinham medo de falar em público; 21% das pessoas tinham medo de dentista; 20% das pessoas tinham medo de altura; 12% das pessoas tinham medo de ratos, 9% das pessoas tenham medo de transporte aéreo, outros medos, e sem medo algum equivaleram a 11%. O medo do dentista, apareceu nesta pesquisa, surpreendentemente em segundo lugar, ou seja as pessoas têm mais medo do dentista, do que de ratos! No nosso entender, este resultado, corrobora os estudos de diversos autores, demonstrando que o controle da dor do medo e da ansiedade ainda não está sendo considerado como um componente do tratamento, o que aumenta substancialmente, o risco de intercorrências de emergências médicas, naqueles pacientes que se submetem ao tratamento. As emergências mais freqüentes causadas pela ansiedade, que podem se desencadear no consultório odontológico são: angina pectoris, infarto do miocárdio, bronco-espasmo asmático, insuficiência adrenal aguda, hipertensão grave, crise tireoideana, choque insulínico, lipotímia, choque cardiogênico, hiperventilação, e crise epilética: A ansiedade do paciente, provoca a liberação de catecolaminas na corrente circulatória. Essas substâncias promovem a diminuição da resistência vascular periférica e o aumento do fluxo sangüíneo de vários tecidos, e dos músculos esqueléticos periféricos. Nas situações em que a atividade muscular periférica não ocorre, como no caso do paciente na cadeira do dentista, o sangue acumulado nas extremidades não retorna para o coração, acarretando, assim, um decréscimo no volume de sangue circulante. Ocorre a queda da pressão arterial, diminuição do aporte de sangue no cérebro, e conseqüente diminuição da oxigenação, podendo gerar a perda súbita da consciência, a este quadro denomina-se lipotimia.
Fonte: Dr. Luiz Alberto Ferraz de Caldas, CFO: RJ-CD-7724 , é cirurgião-dentista cadastrado no HelpSaúde.
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