Há algum tempo uma pessoa me procurou porque muitas pessoas na empresa na qual trabalhava achavam que era alguém sem educação, porque não cumprimentava quase ninguém no caminho entre a recepção da empresa e sua sala.
Afirmava que não fazia isso por arrogância. Dizia que estava sempre tão absorta em seus próprios pensamentos que demorava a reconhecer as pessoas ao seu redor e, portanto, inúmeras vezes nem via quando lhe cumprimentavam.
Decidiu que queria e precisava mudar. Alguns podem dizer: Ah, se quer mudar, sabe o que quer mudar e como, então já está praticamente feito.
Sim, mudar requer querer, saber o que mudar e como, mas, também, muita persistência. Conhecer o porquê e o para que mudar é fundamental, é um grande primeiro passo, conseguiu aliar o pensamento racional do por que e o sentimento que está por trás do para que mudar.
Entretanto, mudar envolve não somente decisões racionais, estratégias, mas também crenças e valores. Crenças e valores que muitas vezes nem sabemos direito como adquirimos, porque vamos vivendo e não paramos em todo momento para pensar porque escolhemos ir para a direita ou para a esquerda, há como que uma voz interna que nos direciona.
Essa voz interna é movida por nossas crenças e valores, que decorrem das leituras que fazemos do que a vida nos proporciona da percepção que temos das crenças e valores de nossos familiares e amigos.
Percebe, assim, que precisa realizar algumas mudanças em sua vida, mas sair da dita zona de conforto é difícil. Exige foco, estratégia, energia e persistência, muita persistência, pois a tendência a voltar aos hábitos anteriores é bem forte.
Os hábitos que estão arraigados pelo convívio de longo tempo, quanto mais o tempo passa mais eles parecem grudados com você. Acabamos por nos identificar de forma tão intensa com nossos hábitos que, por vezes, confundimos as fronteiras entre eles e nossos desejos.
Na fase de mudança alguns desses costumes terão que ser modificados, e para tanto será necessário prestar atenção repetidas vezes, pois a tendência a voltar à zona de conforto costuma ser muito grande.
Como no caso citado. A pessoa treinará para prestar atenção a quem passa ao seu redor para ter tempo de cumprimentar, mas para tanto terá que lembrar e se esforçar para não se concentrar muito nos seus próprios pensamentos, todavia, por ser um hábito antigo, quando, por instantes, deixa de prestar atenção ao que está fazendo, volta a se focar nos seus pensamentos e as pessoas ao seu redor voltam a ser rostos anônimos, de pessoas que deixam de ser cumprimentadas.
É isso mesmo, mas você já sabe, não é mesmo?. Para fazer mudanças tem que sair da zona de conforto, desligar o piloto automático e tomar a mesma decisão, de seguir com as mudanças, diversas vezes ao dia e isso dá trabalho, despende energia e atenção.
Mas valerá a pena, afinal a média de vida hoje em dia está por volta dos oitenta anos, então lembre-se quantas décadas mais você terá pela frente para continuar vivendo uma vida de um jeito que não lhe agrada. Mudar é uma conquista, trabalhosa, por vezes mais devagar do que se gostaria, contudo, muito valiosa e enriquecedora.
A respeito da pessoa citada antes, ela mudou sim. Depois de meses de árduo esforço para se focar nas pessoas ao seu redor, ao menos nos momentos em que transitava pelos corredores da empresa, conseguia fazer isso com facilidade, e até ficou feliz ao perceber que fizera novas e boas amizades dessa forma.
Entretanto, nas primeiras semanas foi bem difícil. Em um dia lembrava e focava nas pessoas, mas logo no outro dia já esquecia e se voltava para seus próprios pensamentos. O foco oscilou entre seus pensamentos e as pessoas diversas vezes. Até que um dia percebeu que focava nos seus pensamentos porque estes jamais lhe rejeitariam, ao passo que ao focar as pessoas não tinha essa garantia.
Perceber que esse era o sentimento por trás da atitude ajudou bastante a seguir no seu intento com mais afinco e mais facilidade, porque parte do mistério daquela sua atitude estava desvendado. Ao perceber a receptividade das pessoas sentiu mais segurança e motivação para manter os seus esforços de focar nas pessoas no trajeto até sua sala.
Transformar esse esforço em uma nova forma de agir e ser se mostrou bastante gratificante não somente sob a perspectiva profissional como na pessoal também.
Fonte: Raquel Franco. CRP: SP 56716/6
Quer fazer parte do nosso blog? Envie um artigo para artigos@helpsaude.com.
Afirmava que não fazia isso por arrogância. Dizia que estava sempre tão absorta em seus próprios pensamentos que demorava a reconhecer as pessoas ao seu redor e, portanto, inúmeras vezes nem via quando lhe cumprimentavam.
Decidiu que queria e precisava mudar. Alguns podem dizer: Ah, se quer mudar, sabe o que quer mudar e como, então já está praticamente feito.
Sim, mudar requer querer, saber o que mudar e como, mas, também, muita persistência. Conhecer o porquê e o para que mudar é fundamental, é um grande primeiro passo, conseguiu aliar o pensamento racional do por que e o sentimento que está por trás do para que mudar.
Entretanto, mudar envolve não somente decisões racionais, estratégias, mas também crenças e valores. Crenças e valores que muitas vezes nem sabemos direito como adquirimos, porque vamos vivendo e não paramos em todo momento para pensar porque escolhemos ir para a direita ou para a esquerda, há como que uma voz interna que nos direciona.
Essa voz interna é movida por nossas crenças e valores, que decorrem das leituras que fazemos do que a vida nos proporciona da percepção que temos das crenças e valores de nossos familiares e amigos.
Percebe, assim, que precisa realizar algumas mudanças em sua vida, mas sair da dita zona de conforto é difícil. Exige foco, estratégia, energia e persistência, muita persistência, pois a tendência a voltar aos hábitos anteriores é bem forte.
Os hábitos que estão arraigados pelo convívio de longo tempo, quanto mais o tempo passa mais eles parecem grudados com você. Acabamos por nos identificar de forma tão intensa com nossos hábitos que, por vezes, confundimos as fronteiras entre eles e nossos desejos.
Na fase de mudança alguns desses costumes terão que ser modificados, e para tanto será necessário prestar atenção repetidas vezes, pois a tendência a voltar à zona de conforto costuma ser muito grande.
Como no caso citado. A pessoa treinará para prestar atenção a quem passa ao seu redor para ter tempo de cumprimentar, mas para tanto terá que lembrar e se esforçar para não se concentrar muito nos seus próprios pensamentos, todavia, por ser um hábito antigo, quando, por instantes, deixa de prestar atenção ao que está fazendo, volta a se focar nos seus pensamentos e as pessoas ao seu redor voltam a ser rostos anônimos, de pessoas que deixam de ser cumprimentadas.
É isso mesmo, mas você já sabe, não é mesmo?. Para fazer mudanças tem que sair da zona de conforto, desligar o piloto automático e tomar a mesma decisão, de seguir com as mudanças, diversas vezes ao dia e isso dá trabalho, despende energia e atenção.
Mas valerá a pena, afinal a média de vida hoje em dia está por volta dos oitenta anos, então lembre-se quantas décadas mais você terá pela frente para continuar vivendo uma vida de um jeito que não lhe agrada. Mudar é uma conquista, trabalhosa, por vezes mais devagar do que se gostaria, contudo, muito valiosa e enriquecedora.
A respeito da pessoa citada antes, ela mudou sim. Depois de meses de árduo esforço para se focar nas pessoas ao seu redor, ao menos nos momentos em que transitava pelos corredores da empresa, conseguia fazer isso com facilidade, e até ficou feliz ao perceber que fizera novas e boas amizades dessa forma.
Entretanto, nas primeiras semanas foi bem difícil. Em um dia lembrava e focava nas pessoas, mas logo no outro dia já esquecia e se voltava para seus próprios pensamentos. O foco oscilou entre seus pensamentos e as pessoas diversas vezes. Até que um dia percebeu que focava nos seus pensamentos porque estes jamais lhe rejeitariam, ao passo que ao focar as pessoas não tinha essa garantia.
Perceber que esse era o sentimento por trás da atitude ajudou bastante a seguir no seu intento com mais afinco e mais facilidade, porque parte do mistério daquela sua atitude estava desvendado. Ao perceber a receptividade das pessoas sentiu mais segurança e motivação para manter os seus esforços de focar nas pessoas no trajeto até sua sala.
Transformar esse esforço em uma nova forma de agir e ser se mostrou bastante gratificante não somente sob a perspectiva profissional como na pessoal também.
Fonte: Raquel Franco. CRP: SP 56716/6
Psicóloga cadastrada no Help Saúde.
Quer fazer parte do nosso blog? Envie um artigo para artigos@helpsaude.com.
Comentários
Postar um comentário