O uso de salto alto altera inicialmente nosso eixo de equilíbrio, devido ao posicionamento do pé para frente. Esta má posição, juntamente com o desconforto do próprio sapato cujo bico fino aperta os dedos dos pés, provoca uma série de problemas em seqüência, que podemos descrever de acordo com a anatomia do tornozelo e pé, de distal para proximal.
Dedos: como o pé fica sempre inclinado, a força e a carga recaem sobre a região anterior do pé e dedos (antigamente chamada de artelhos). Isso pode gerar dor pela compressão, calos e até mesmo úlceras nos pés menos sensíveis (falanges).
Essa pressão também pode causar maiores deformidades, como dedos em garra, martelo, ou botoeira, que podem se tornar rígidas e bastantes desconfortáveis.
Além disso, pode haver alterações ósseas com lesões na cartilagem e nos ossos, como osteocondroses, necroses ósseas e fratura por stress. O salto bico fino é o responsável por outro problema comum entre mulheres que o adotam com alta freqüência: como os dedos são comprimidos e fica sobrepostos um sobre os outros, cria-se o quadro de hálux valgo, popularmente conhecido como joanete. Também pode haver um desgaste, que conhecemos como halux rígidus, formando saliências ósseas e dor na hora de movimentar a articulação.
Metatarso: essa é aquela área que na hora do impulso, na marcha ou corrida, recebe a maior carga. O pé fica inclinado, a força recai sobre essa região e depois dali sai o impulso que causa a sobrecarga (vide metatarso – figura 1). Além da dor (metatarsalgia), também podem ocorrer úlceras e diminuição do coxim gorduroso plantar, além da lesão da placa plantar.
Além disso, o aumento da pressão na cabeça do metatarso poderá gerar lesões ósseas, como necroses e artroses; das partes moles (tendinopatias e lesões ligamentares) e o conhecido Neuroma de Morton.
Mediopé e retropé: essas regiões localizadas no meio e na porção posterior do pé recebem menos carga e ficam encurtadas. Essa inclinação pode gerar um impacto na região posterior, causando dor devido a proximidade do calcâneo, talus e tíbia, que podemos verificar neste RX.
Tornozelo e perna: Como o pé fica constantemente inclinado, essa posição força a panturrilha, predispondo as tendinopatias do Aquiles, encurtamentos, síndrome de haglung, além de câimbras e lesões musculares.
Acredita-se erroneamente que o uso do salto alto fortalece a panturrilha, dando mais firmeza e beleza à batata da perna. Isso na verdade é uma contratura à custa do encurtamento e tensão constantes e não fortalecimento. Este deve ser feito de forma orientada e na musculação ou corrida.
Os problemas não ficam apenas nos pés, eles podem atingir também os joelhos, coluna e até mesmo a circulação. Para qualquer um desses problemas e mais orientação vale sempre à pena procurar um especialista!
Fonte: Dra. Ana Paula Simões. CRM: SP 108667
Ortopedista e Médica do Esporte cadastrada no Help Saúde
Quer fazer parte do nosso blog? Envie um artigo para artigos@helpsaude.com.
Dedos: como o pé fica sempre inclinado, a força e a carga recaem sobre a região anterior do pé e dedos (antigamente chamada de artelhos). Isso pode gerar dor pela compressão, calos e até mesmo úlceras nos pés menos sensíveis (falanges).
Essa pressão também pode causar maiores deformidades, como dedos em garra, martelo, ou botoeira, que podem se tornar rígidas e bastantes desconfortáveis.
Além disso, pode haver alterações ósseas com lesões na cartilagem e nos ossos, como osteocondroses, necroses ósseas e fratura por stress. O salto bico fino é o responsável por outro problema comum entre mulheres que o adotam com alta freqüência: como os dedos são comprimidos e fica sobrepostos um sobre os outros, cria-se o quadro de hálux valgo, popularmente conhecido como joanete. Também pode haver um desgaste, que conhecemos como halux rígidus, formando saliências ósseas e dor na hora de movimentar a articulação.
Metatarso: essa é aquela área que na hora do impulso, na marcha ou corrida, recebe a maior carga. O pé fica inclinado, a força recai sobre essa região e depois dali sai o impulso que causa a sobrecarga (vide metatarso – figura 1). Além da dor (metatarsalgia), também podem ocorrer úlceras e diminuição do coxim gorduroso plantar, além da lesão da placa plantar.
Além disso, o aumento da pressão na cabeça do metatarso poderá gerar lesões ósseas, como necroses e artroses; das partes moles (tendinopatias e lesões ligamentares) e o conhecido Neuroma de Morton.
Mediopé e retropé: essas regiões localizadas no meio e na porção posterior do pé recebem menos carga e ficam encurtadas. Essa inclinação pode gerar um impacto na região posterior, causando dor devido a proximidade do calcâneo, talus e tíbia, que podemos verificar neste RX.
Tornozelo e perna: Como o pé fica constantemente inclinado, essa posição força a panturrilha, predispondo as tendinopatias do Aquiles, encurtamentos, síndrome de haglung, além de câimbras e lesões musculares.
Acredita-se erroneamente que o uso do salto alto fortalece a panturrilha, dando mais firmeza e beleza à batata da perna. Isso na verdade é uma contratura à custa do encurtamento e tensão constantes e não fortalecimento. Este deve ser feito de forma orientada e na musculação ou corrida.
Os problemas não ficam apenas nos pés, eles podem atingir também os joelhos, coluna e até mesmo a circulação. Para qualquer um desses problemas e mais orientação vale sempre à pena procurar um especialista!
Fonte: Dra. Ana Paula Simões. CRM: SP 108667
Ortopedista e Médica do Esporte cadastrada no Help Saúde
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Muito legal!
ResponderExcluirObrigada pelo prestígio!
www.anapaulasimoes.com.br
Olá Ana Paula Simões,
ResponderExcluirQue bom que você gostou.
Quando quiser mande mais artigos para mantermos nossos leitores bem informados.
Equipe HelpSaúde